Adultos 4° Trimestre de 2025
19 de Outubro de 2025
Texto Áureo
“No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás.” (Gn 3.19)
Verdade Prática
O pecado do primeiro Adão afetou o homem no corpo, na alma e no espírito. Mas a Redenção em Cristo, o último Adão, tem o poder de restaurá-lo plenamente.
Leitura Diária
Segunda – 1 Co 13.12: Ainda não é manifesto o que havemos de ser
Terça – 1 Co 6.18: A prostituição é um pecado contra o corpo
Quarta – 2 Tm 3.13: Os homens maus vão de mal para pior
Quinta – Ef 6.4: A educação e o cuidado dos pais em relação aos filhos
Sexta – 1 Tm 5.23: Estamos sujeitos às enfermidades
Sábado – Jó 19.25: A confiança de Jó em meio ao sofrimento
Leitura Bíblica em Classe
Gênesis 3.17-19; Eclesiastes 12.1-7
Gênesis 3
17 - E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
18 - Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo.
19 - No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás.
Eclesiastes 12
1 - Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
2 - antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;
3 - no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;
4 - e as duas portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as vozes do canto se baixarem;
5 - como também quando temerem o que está no alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua eterna casa, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;
6 - antes que se quebre a cadeia de prata, e se despedace o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se despedace a roda junto ao poço,
7 - e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.
Hinos Sugeridos: 73, 75, 192 da Harpa Cristã
Plano de Aula
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, destacaremos as consequências do pecado sobre o corpo humano, conforme a perspectiva bíblica apresentada. Ao abordar temas como sofrimento, envelhecimento e esperança na glorificação, você guiará seus alunos a compreenderem o impacto da Queda e a Redenção oferecida por Cristo.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Analisar como o ser humano foi criado em perfeição, e de que forma o pecado trouxe sofrimento; II) Explicar que, apesar das consequências do pecado, o ser humano continua responsável por suas escolhas; III) Refletir sobre as limitações físicas e as enfermidades como realidade pós-queda, mantendo a esperança na glorificação do corpo.
B) Motivação: Estudar esta lição nos ajuda a entender como o pecado corrompeu a perfeição original do corpo humano e como somos hoje chamados a viver com responsabilidade diante de Deus, aguardando a restauração completa em Cristo.
C) Sugestão de Método: Para ensinar a responsabilidade humana diante do pecado, e reforçar o ensino do segundo tópico, utilize o método da discussão de casos práticos, com situações que envolvam decisões éticas e morais na vida adulta — como cuidar do corpo diante do estresse, lidar com vícios, ou exercer autoridade com equilíbrio na família. Proponha perguntas reflexivas que levem os alunos a confrontarem suas escolhas com os princípios bíblicos, destacando o livre-arbítrio e a mordomia do corpo como dádiva de Deus. Estimule o grupo a compartilhar experiências com sabedoria, criando um ambiente de aprendizado mútuo e aplicação prática da fé cristã no dia a dia.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Diante das consequências do pecado sobre o corpo, desafie sua classe a viver com responsabilidade, cuidando do corpo como templo do Espírito Santo, e mantendo firme a esperança na glorificação prometida por Cristo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 103, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Pecado e Morte”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o tópico a respeito “da Perfeição à Morte”; 2) O texto “Sereis como Deus”, ao final do segundo tópico, aprofunda a respeito do tópico “A Responsabilidade Humana”, levando em conta a falsa promessa da Serpente.
INTRODUÇÃO
Gênesis nos apresenta os terríveis efeitos do pecado em toda a Criação. O homem experimentou de forma imediata a separação espiritual de Deus, manifestada no senso de culpa e na reação à presença do Criador após a primeira transgressão (Gn 3.6-10). Não muito depois a morte física entrou na história humana, começando por Abel (Gn 4.8). Os impactos do pecado no corpo, a parte material do ser humano, é o assunto desta lição.
1. A certificação divina. O homem foi criado perfeito pelas mãos do Criador em toda a sua constituição, incluindo o corpo (Ec 7.29). Além da perfeição fazer parte da natureza divina (Dt 18.13; 2 Sm 22.31), o próprio Deus — após a criação do homem — certificou a qualidade de sua obra: “[...] e eis que era tudo muito bom” (Gn 1.31). Havia plenitude de vida no primeiro casal. Adão e Eva viviam em completa harmonia com Deus, consigo mesmo, entre si e com a natureza. Quão aprazível era esse maravilhoso estado original! Afetada pelo pecado, nossa mente não consegue descrevê-lo, assim como não temos compreensão plena da glória futura, na restauração de todas as coisas (Rm 8.18–23; 1 Co 2.9; 13.12; 1 Jo 3.3).
2. Pecado e dor. A indizível sensação de bem-estar que o homem desfrutava era proveniente da vida que recebera de Deus e fluía em todo o seu ser (Gn 2.7,25; Jó 33.4). O pecado trouxe a incômoda experiência da dor, provocada por fatores espirituais, emocionais e físicos (Gn 3.7–19). Um complexo de alterações que vão da perda da comunhão com Deus (e da restrição à árvore da vida) à vivência em um ambiente agora adverso, amaldiçoado por causa da transgressão de Adão (Gn 3.17,18,22–24). Em meio a tudo isso, o corpo passou a padecer e se degenerar, até cumprir a sentença final: o retorno ao pó (Gn 3.19). Por mais que se cuide dessa matéria, depois da Queda o caminho natural da vida é o envelhecimento e a morte (Ec 12.1–7).
3. Velhice, autenticidade e gratidão. Dentro do grave quadro de adoecimento mental que marca a sociedade hoje, um novo transtorno tem sido diagnosticado: a gerontofobia, um terrível e mórbido medo de envelhecer, que causa ansiedade e produz comportamentos incompatíveis com a idade. A Bíblia fala da velhice de uma forma natural, clara e direta, ressaltando seu valor e honra (Lv 19.32; Jó 12.12). Enquanto isso, assiste-se a uma cultura de negação dessa fase da vida, a começar pela rejeição da palavra “velho”. Cuidar de si é muito importante, mas é preciso ser sábio e viver todas as fases da vida de maneira autêntica, em profunda gratidão e temor a Deus (Ec 8.5,6; 12.13). Precisamos reconhecer as características e a importância de cada etapa de nossa existência (Pv 20.29).
SINOPSE I
O ser humano foi criado em perfeição, mas o pecado trouxe dor, envelhecimento e a morte física como consequência da Queda.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“PECADO E MORTE Quando Adão e Eva pecaram, a morte moral e espiritual veio de imediato (cf. 2.17; cf. Jo 17.3, nota), enquanto a morte física ocorreu posteriormente (5.5). (1) Deus havia dito: ‘no dia em que dela comeres, certamente morrerás’ (2.17). Moralmente, a vida de Deus morreu neles, e a sua natureza tornou-se pecaminosa (isto é, espiritual e moralmente corrupta, contrária à natureza perfeita e pura de Deus). Espiritualmente, o antigo relacionamento com Deus foi destruído. A anterior inocência foi substituída pela culpa e pelo juízo. A partir de então, cada pessoa que nasce vem ao mundo com uma natureza pecadora (Rm 8.5–8). Essa corrupção da natureza humana envolve um desejo inato (isto é, congênito) e uma tendência de seguir pelo próprio caminho egoísta sem interesse por Deus ou pelos outros. A natureza pecadora é transmitida a todos os seres humanos (5.3; 6.5; 8.21; veja Rm 3.10–18, nota; Ef 2.3). (2) A Bíblia não ensina que todos pecaram quando Adão pecou, nem que a sua culpa pessoal foi colocada sobre toda a raça humana (veja Rm 5.12, nota). A Bíblia ensina que Adão introduziu a lei do pecado e da morte a toda a humanidade (cf. Rm 5.12; 8.2; 1Co 15.21–22) e, desde então, cada pessoa que vive decide seguir o seu próprio caminho (Is 53.6)” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.13).
1. Corpo e livre-arbítrio. Como consequência de sua transgressão, Adão e Eva passaram a conhecer não somente o bem, mas também o mal (Gn 3.22), e todos os seus descendentes nascem inclinados ao pecado (Gn 6.5,12; Rm 5.12). Mas apesar de o pecado ter desfigurado a imagem de Deus no homem, não a aniquilou (Gn 9.6; Tg 3.9). Um dos significados disso é que o ser humano continua dotado de livre-arbítrio (Dt 30.19,20). Somos responsáveis pelo uso de nosso corpo, para o bem ou para o mal. Como disse Deus a Caim: “Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás” (Gn 4.7).
2. A potencialização do sofrimento. Além das consequências naturais decorrentes do pecado original, o corpo também sofre impactos das transgressões que o ser humano pratica ao longo da vida, inclusive contra si mesmo (Lm 3.39; Rm 1.24; 1 Co 6.18). Essa potencialização do sofrimento decorre das obras da carne (gr. sarx: natureza pecaminosa) (Gl 5.19–21). É a manifestação do espírito de inimizade contra Deus, que Satanás, a antiga serpente, instilou no coração humano ainda no Éden (Gn 3.1–6; Tg 4.1–4; Ap 12.9). Esse quadro de corrupção foi observado logo nas primeiras gerações e somente se agrava (Gn 6.1–5; Mt 24.12,37; 2 Tm 3.13). As drogas são um dos instrumentos de profunda degradação do corpo. As práticas sexuais ilícitas também crescem. Crianças e adolescentes são os mais vulneráveis, e dependem cada vez mais de um vigilante, amoroso e firme cuidado dos pais, no temor do Senhor (Pv 3.12; 4.10–15; 14.27; Ef 6.4). Qualquer negligência pode resultar em gravíssimas consequências.
SINOPSE II
Mesmo após a Queda, o ser humano possui livre-arbítrio e é responsável por suas escolhas que afetam o corpo e a vida diante de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“SEREIS COMO DEUS. Satanás sempre tentou os seres humanos a crerem que podem ser como Deus e a decidirem por si mesmos o que é bom e o que é mau – o que é certo e o que é errado. (1) Ironicamente, ao tentarem ser “como Deus”, os homens se separaram do Deus todo-poderoso e tornaram-se falsos deuses para si mesmos (veja o v. 22, nota; Jo 10.34, nota). As pessoas então procuram obter conhecimento moral e fazer juízos éticos usando o próprio raciocínio em lugar da Palavra de Deus. Mas Deus ainda é o juiz supremo que decide o que é certo e errado. (2) As Escrituras dizem que todos os que agem como se fossem seus próprios deuses ‘desaparecerão da terra e de debaixo deste céu’ (Jr 10.10–11). Este será também o destino do anticristo, que reivindicará ser Deus (2Ts 2.4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.13).
1. A realidade das enfermidades. Com o pecado, as doenças também passaram a fazer parte da vida humana. Elas surgem no processo de degeneração dos órgãos e sistemas do corpo por causas internas e externas, e estão entre os fatores que levam o ser humano de volta ao pó (Gn 3.19). Ninguém está imune ou isento de sofrê-las; nem mesmo os cristãos. Paulo menciona seu cooperador Trófimo, que deixara doente em Mileto (2 Tm 4.20). A Timóteo recomendou: “Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades” (1 Tm 5.23). Tudo indica que o jovem pastor tinha um corpo debilitado por algumas doenças, provavelmente distúrbios gástricos. Jesus tem poder para nos curar de todo o mal (Is 53.4; Mt 4.23; Hb 13.8), mas precisamos ter serenidade, paciência e firmeza na fé se enfrentarmos sofrimentos persistentes (Jó 1.20–22;19.25).
2. Enfado e canseira. Mesmo que o corpo não seja abatido por doenças, o próprio processo de envelhecimento traz canseira e enfado (Sl 90.10). Limitações e fraquezas surgem ao longo da vida, alterando toda a estrutura humana. Ter consciência disso é importante para nosso autoconhecimento, como já vimos, mas é essencial também para uma convivência cristã sem orgulho ou acepção de pessoas (Tg 2.1; Gl 6.10). Ricos e pobres são como a erva que seca e a flor que murcha e cai (Tg 1.9–11; 1 Pe 1.24). Promover a comunhão entre todos é missão fundamental da igreja (At 2.42–46).
3. O corpo glorificado. A esperança do salvo por Cristo que vive em santificação é de uma Redenção completa, inclusive do corpo (Rm 8.23). É o aspecto futuro da salvação, a glorificação. Nosso corpo abatido será transformado para ser conforme o corpo glorioso de Cristo, segundo o seu eficaz poder (Fp 3.20,21). O verbo “transformar” nesse texto é metaschenatizo, no grego, e significa “mudar a forma”. Será a mudança do corpo terreno, carnal e mortal, para o celestial, espiritual e imortal, semelhante ao de Cristo Jesus, o Homem Perfeito (1 Co 15.40–49; Rm 8.29).
SINOPSE III
Apesar das enfermidades e limitações do corpo, o crente tem a esperança da glorificação, quando seu corpo será transformado à semelhança de Cristo.
CONCLUSÃO
Apesar de todo o abatimento e sofrimentos que experimentamos em nosso corpo como consequência do pecado e de nossas próprias transgressões, em Cristo temos a certeza de uma Redenção completa, conquistada por sua obra perfeita na cruz do Calvário. Ele nos dará um novo corpo, eternamente transformado e saudável (Ap 21.4–6; 22.2).
Revisando o Conteúdo
1. Como era a vida de Adão e Eva antes da Queda?
Havia plenitude de vida no primeiro casal. Adão e Eva viviam em completa harmonia com Deus, consigo mesmo, entre si e com a natureza.
2. Qual o nome dado ao transtorno mental ligado ao envelhecimento? O que ele significa?
A gerontofobia, um terrível e mórbido medo de envelhecer que causa ansiedade e produz comportamentos incompatíveis com a idade.
3. Qual a relação entre livre-arbítrio e responsabilidade humana em relação ao corpo?
Somos responsáveis pelo uso de nosso corpo, para o bem ou para o mal.
4. É possível ao cristão enfrentar sofrimentos persistentes, inclusive doenças?
Qual deve ser seu comportamento? Sim. Precisamos ter serenidade, paciência e firmeza na fé se enfrentarmos sofrimentos persistentes (Jó 1.20–22;19.25).
5. O corpo humano também será alvo da Redenção? Como?
Nosso corpo abatido será transformado para ser conforme o corpo glorioso de Cristo, segundo o seu eficaz poder (Fp 3.20,21).